Esta deverá ser uma das rendas mais antigas feitas pela minha mãe. É uma das minhas preferidas!
Desde que me lembro de mim se fazem rendas lá em casa. A minha avó fazia, a minha mãe faz e eu também ... sei fazer! Neste espaço vou mostrar o que de bonito a minha mãe tem feito...
quinta-feira, 26 de junho de 2008
As rosas nas rendas!

POEMA À MÃE
"No mais fundo de ti
Eu sei que te traí, mãe.
Tudo porque já não sou
O menino adormecido
No fundo dos teus olhos.
Tudo porque ignoras
Que há leitos onde o frio não se demora
E noites rumorosas de águas matinais.
Por isso, às vezes, as palavras que te digo
São duras, mãe,
E o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas
Que apertava junto ao coração
No retrato da moldura.
Se soubesses como ainda amo as rosas,
Talvez não enchesses as horas de pesadelos.
Mas tu esqueceste muita coisa;
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
Que todo o meu corpo cresceu,
E até o meu coração
Ficou enorme, mãe!
Olha - queres ouvir-me?
-Às vezes ainda sou o menino
Que adormeceu nos teus olhos;
Ainda aperto contra o coração
Rosas tão brancas
Como as que tens na moldura;
Ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
No meio do laranjal...
Mas - tu sabes - a noite é enorme,
E todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
Dei às aves os meus olhos a beber.
Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo as rosas.Boa noite.
Eu vou com as aves."
Eugénio de Andrade, Os Amantes sem Dinheiro
"No mais fundo de ti
Eu sei que te traí, mãe.
Tudo porque já não sou
O menino adormecido
No fundo dos teus olhos.
Tudo porque ignoras
Que há leitos onde o frio não se demora
E noites rumorosas de águas matinais.
Por isso, às vezes, as palavras que te digo
São duras, mãe,
E o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas
Que apertava junto ao coração
No retrato da moldura.
Se soubesses como ainda amo as rosas,
Talvez não enchesses as horas de pesadelos.
Mas tu esqueceste muita coisa;
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
Que todo o meu corpo cresceu,
E até o meu coração
Ficou enorme, mãe!
Olha - queres ouvir-me?
-Às vezes ainda sou o menino
Que adormeceu nos teus olhos;
Ainda aperto contra o coração
Rosas tão brancas
Como as que tens na moldura;
Ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
No meio do laranjal...
Mas - tu sabes - a noite é enorme,
E todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
Dei às aves os meus olhos a beber.
Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo as rosas.Boa noite.
Eu vou com as aves."
Eugénio de Andrade, Os Amantes sem Dinheiro
sábado, 21 de junho de 2008
Em casa do Zé!
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Rendas distribuídas pela família!
terça-feira, 17 de junho de 2008
À medida!
domingo, 15 de junho de 2008
Na mesa da sala!
Gosto muito deste pano que a minha mãe me deu!
Está na mesa da minha sala.
Foi difícil escolher entre a variedade que ela fez.
É muito engraçado quando vou a casa (Trás-os-Montes) e resolvemos abrir as arcas e começar a rever todos os trabalhos que ela tem guardados. Tiramos, abrimos, voltamos a tirar, voltamos a abrir...
São coisas muito bonitas, esperem para ver!
O cesto do pão!
Subscrever:
Mensagens (Atom)